In Memorium
Este memorial foi criado em memória de Arlete Maria dos Santos Silva, , 65 anos de idade, nascida em 22 de setembro de 1955 e que nos deixou em 2 de outubro de 2020. Que a sua recordação dure para sempre.
Este tributo foi publicado por João Mendes em 22 de setembro de 2021
Recordemos com saudades a nossa Arlete Silva que completaria hoje os seus 66 anos de idade, quis o destino que ela não os completasse no seu seio familiar e de amigos pois partiu para a eternidade a 2/10/2020…
UM ETERNO DESCANSO LÁ ONDE ELA ESTIVER!!!
Este tributo foi publicado por Pulquéria Van-Dunem em 5 de outubro de 2020
Arlete Maria, como gostava de te chamar,
Pela primeira vez em 47 anos de amizade e convivência, não me deixaste preocupada ao anunciares-me que algo não ia bem com a tua saúde. Não estavas assustada , como habitualmente, ou talvez estivesses mas como não ouvi a tua voz fui enganada.
Falamos por mensagem. Tu escrevias e eu respondia-te com áudios. De resto , há muito não ouvia a tua voz, porque ou trocávamos mensagens escritas , ou eu respondia com áudios.
Nunca imaginei que as mensagens que trocamos na terça-feira seria as últimas entre nós.
Estranha e inexplicavelmente, esqueci-me de ti ao ponto de não só não te ter posto nas minhas orações diárias, onde ponho tanta gente , como o assunto se apagou da minha mente completamente ao ponto de me lembrar dele até que na quinta-feira feira a Paula Beça me trouxe à realidade. Ela ligou-me a saber de ti porque alguém lhe dissera que a tua situação de saúde era complicada. Nem lhe perguntei pela finte da informação. Desmenti peremptoriamente e informei-a que estavas a melhorar , tanto que já estavas sem oxigénio. Afinal foi a última informação que me tinhas dado, não é?
Tinhas-me enganado com aquela mensagem onde te senti tão segura com o que escreveste: estou tranquila e seja o que Deus quiser.
Minha amiga e irmã, minha sósia , foram 47 anos da tua presença forte na minha vida e na dos meus.
Lembro-me de ti a meu lado em muitos bons e maus momentos e foram muitos. No dia 19 de Outubro, só não tinha s tua presença quando não estivesses em Angola. Lembro-me de um 19 de Outubro em que me visitaste de manhã cedo. por alegadamente estares sem carro e não teres a certeza de poderes estar comigo para o brinde habitual, mas não quiseste deixar de me ir dar um beijo e um abraço.
Quantas recordações amiga!
Eras tão solidária e atenta para com os outros. Mesmo doente ainda te preocupaste com a morte da Sónia Campos, achando que era a Sonia Maria Fragoso de Campos, nossa contemporânea e amiga, que perdera a sua irmã Mena há menos de um mês .
Um livro não chegaria para te dizer tudo o que me vai na alma a teu respeito.
Não me despeço de ti com um até já, como te despediste de alguém que partiu recentemente. Despeço-me de ti, com um até qualquer dia, pois cada um de nós tem o seu.Vou sentir muitas saudades tuas.
Que o teu caminho para o Pai seja repleto de luz e de Paz e que sejas recebida à sua direita, minha irmã, minha amiga, minha sósia e sei lá que mais.
Kélinha ou , como me chamavas de um modo que só tu sabias, Pulquéria.
Este tributo foi publicado por João Mendes em 5 de outubro de 2020
Pela sua curta passagem neste Mundo teve a oportunidade de exercer o seu memorável papel de Professora, tendo abraçado os apelos do nosso novel governo para que a juventude de então ajudasse o país a diminuir a tão elevada taxa de analfabetismo então herdada do regime colonial português

Nesse sentido, a partir de uma mobilização generalizada a juventude já com habilitações literárias já um pouco acima da media, do BAIRRO OPERÁRIO e cercanias, que funcionou como “de um grito de Ipiranga” do heróico e eminente político da clandestinidade , Francisco Romão que na altura desempenhava as funções de Chefe da Secretaria da então Escola General Geraldo Victor, designação também herdada do regime colonial , e nós como agentes de publicidade “boca a boca” fomos mobilizando todos os amigos - alguns dos quais já na altura empregados - fomos mobilizando para que mesmo assim ingressássemos para leccionar no período nocturno ou nos períodos opostos aos das frequências dos nossos primeiros anos da então Universidade de Luanda...

Foi nessa perspectiva que a ARLETE SILVA acaba por ser admitida como professora da Escola do I nível do Ensino secundário que posteriormente veio a ser baptizada por esse punhado de jovens, de Ngola Nzinga - em homenagem aos nossos guerreiros ancestrais onde com zelo, dedicação e profissionalismo se manteve durante largos anos.

É nesse contexto que não poderíamos nós, os ex professores daquela instituição escolar de referência, não apenas pela qualidade da formação do homem novo , mas também pela excelente nata de profissionais do ensino que por lá passou, dizia não poderíamos deixar de prestar esse último tributo às qualidades pessoais e profissionais da ARLETE que infelizmente deixa nos com um profundo e precoce sentimento de perda, que há de perdurar eternamente e que o seu exemplo deva ser tomado em consideração pelas gerações actuais e futuras!!

PAZ A TUA ALMA

DESCANSA EM PAZ ARLETE!!

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Este tributo foi publicado por João Mendes em 22 de setembro de 2021
Recordemos com saudades a nossa Arlete Silva que completaria hoje os seus 66 anos de idade, quis o destino que ela não os completasse no seu seio familiar e de amigos pois partiu para a eternidade a 2/10/2020…
UM ETERNO DESCANSO LÁ ONDE ELA ESTIVER!!!
Este tributo foi publicado por Pulquéria Van-Dunem em 5 de outubro de 2020
Arlete Maria, como gostava de te chamar,
Pela primeira vez em 47 anos de amizade e convivência, não me deixaste preocupada ao anunciares-me que algo não ia bem com a tua saúde. Não estavas assustada , como habitualmente, ou talvez estivesses mas como não ouvi a tua voz fui enganada.
Falamos por mensagem. Tu escrevias e eu respondia-te com áudios. De resto , há muito não ouvia a tua voz, porque ou trocávamos mensagens escritas , ou eu respondia com áudios.
Nunca imaginei que as mensagens que trocamos na terça-feira seria as últimas entre nós.
Estranha e inexplicavelmente, esqueci-me de ti ao ponto de não só não te ter posto nas minhas orações diárias, onde ponho tanta gente , como o assunto se apagou da minha mente completamente ao ponto de me lembrar dele até que na quinta-feira feira a Paula Beça me trouxe à realidade. Ela ligou-me a saber de ti porque alguém lhe dissera que a tua situação de saúde era complicada. Nem lhe perguntei pela finte da informação. Desmenti peremptoriamente e informei-a que estavas a melhorar , tanto que já estavas sem oxigénio. Afinal foi a última informação que me tinhas dado, não é?
Tinhas-me enganado com aquela mensagem onde te senti tão segura com o que escreveste: estou tranquila e seja o que Deus quiser.
Minha amiga e irmã, minha sósia , foram 47 anos da tua presença forte na minha vida e na dos meus.
Lembro-me de ti a meu lado em muitos bons e maus momentos e foram muitos. No dia 19 de Outubro, só não tinha s tua presença quando não estivesses em Angola. Lembro-me de um 19 de Outubro em que me visitaste de manhã cedo. por alegadamente estares sem carro e não teres a certeza de poderes estar comigo para o brinde habitual, mas não quiseste deixar de me ir dar um beijo e um abraço.
Quantas recordações amiga!
Eras tão solidária e atenta para com os outros. Mesmo doente ainda te preocupaste com a morte da Sónia Campos, achando que era a Sonia Maria Fragoso de Campos, nossa contemporânea e amiga, que perdera a sua irmã Mena há menos de um mês .
Um livro não chegaria para te dizer tudo o que me vai na alma a teu respeito.
Não me despeço de ti com um até já, como te despediste de alguém que partiu recentemente. Despeço-me de ti, com um até qualquer dia, pois cada um de nós tem o seu.Vou sentir muitas saudades tuas.
Que o teu caminho para o Pai seja repleto de luz e de Paz e que sejas recebida à sua direita, minha irmã, minha amiga, minha sósia e sei lá que mais.
Kélinha ou , como me chamavas de um modo que só tu sabias, Pulquéria.
Este tributo foi publicado por João Mendes em 5 de outubro de 2020
Pela sua curta passagem neste Mundo teve a oportunidade de exercer o seu memorável papel de Professora, tendo abraçado os apelos do nosso novel governo para que a juventude de então ajudasse o país a diminuir a tão elevada taxa de analfabetismo então herdada do regime colonial português

Nesse sentido, a partir de uma mobilização generalizada a juventude já com habilitações literárias já um pouco acima da media, do BAIRRO OPERÁRIO e cercanias, que funcionou como “de um grito de Ipiranga” do heróico e eminente político da clandestinidade , Francisco Romão que na altura desempenhava as funções de Chefe da Secretaria da então Escola General Geraldo Victor, designação também herdada do regime colonial , e nós como agentes de publicidade “boca a boca” fomos mobilizando todos os amigos - alguns dos quais já na altura empregados - fomos mobilizando para que mesmo assim ingressássemos para leccionar no período nocturno ou nos períodos opostos aos das frequências dos nossos primeiros anos da então Universidade de Luanda...

Foi nessa perspectiva que a ARLETE SILVA acaba por ser admitida como professora da Escola do I nível do Ensino secundário que posteriormente veio a ser baptizada por esse punhado de jovens, de Ngola Nzinga - em homenagem aos nossos guerreiros ancestrais onde com zelo, dedicação e profissionalismo se manteve durante largos anos.

É nesse contexto que não poderíamos nós, os ex professores daquela instituição escolar de referência, não apenas pela qualidade da formação do homem novo , mas também pela excelente nata de profissionais do ensino que por lá passou, dizia não poderíamos deixar de prestar esse último tributo às qualidades pessoais e profissionais da ARLETE que infelizmente deixa nos com um profundo e precoce sentimento de perda, que há de perdurar eternamente e que o seu exemplo deva ser tomado em consideração pelas gerações actuais e futuras!!

PAZ A TUA ALMA

DESCANSA EM PAZ ARLETE!!
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