In Memorium
Percurso
O "Fernando", o "Minau", "O "Fernando Minau" - Fernando Manuel Minau Nunes Batista -, nasceu em Fetais, freguesia de Sto Quintino, concelho de Sobral de Monte Agraço, no dia 28 de setembro de 1965.
Seus pais, Armando Nunes Batista e Emília da Piedade Minau, com a mesma naturalidade, nasceram em 30 de julho de 1934 e 16 de setembro de 1935, respetivamente. Faleceram ambos em 2015.
Os avós paternos Manuel Francisco Batista e Beatriz Nunes, tal como os avós maternos, Sebastião Minau, que já não conheceu e Maria da Piedade, também residiam em Fetais.
O pai, após tirar carta de condução em 1959, começou por trabalhar por conta de outrem e, passado pouco tempo, por conta própria, dedicou-se inicialmente ao comércio de frutas e posteriormente ao comércio de batatas e cebolas.
Quando o Fernando nasceu eu já tinha quase 5 anos. Sempre me tratou carinhosamente por "mana".
Foi um bébé muito acarinhado por toda a família, foi-lhe dado o nome do padrinho e primo direito, Fernando Minau, que faleceu em Angola em 1967, quando o Fernando tinha apenas 2 anos de idade. Tinha mais 3 primos direitos, todos do lado da mãe, 2 homens que faleceram ainda novos e uma prima, a Lita, que felizmente ainda se encontra viva e de boa saúde.
O Fernandinho, como carinhosamente era tratado, era uma criança tranquila e inteligente, tendo frequentado a Escola Primária de Fetais, onde fez as primeiras amizades. A Professora Isilda de Jesus Antunes foi sua professora da 1.ª à 3.ª classe e na 4.ª classe a sua Professora chamava-se Maria João.
Depois, prosseguiu os estudos em Sobral de Monte Agraço e posteriormente em Torres Vedras. Nestes anos criou verdadeiras amizades que perduraram até à sua partida.
Terminado o ensino secundário, optou por não prosseguir os estudos e dedicou algum tempo da sua vida ao futebol. Começou por jogar no Monte Agraço Futebol Clube, tendo ingressado posteriormente nos juvenis e júniores do Sport Lisboa e Benfica. Terminou a sua breve carreira futebolística no Torralta, com sede no Alvor - Algarve.
Seguidamente dedicou-se ao comércio  de pêssegos. Comprava pomares de pêssegos em Montargil, que tratava, apanhava e comercializava.
Posteriormente e, em parceria com alguns amigos, nem todos verdadeiros, teve diversas atividades. Importou fruta que depois comercializava; trabalhou no envio de produtos alimentares para Angola, Cabo Verde  e S. Tomé e Príncipe; fez a prospeção de negócios com o Brasil e colaborou na prospeção da venda de produtos alimentares em Espanha e na Europa de Leste.
Aproveitou, e ainda bem, todas estas fases da sua vida profissional para viajar, conhecer outros países e outras culturas, o que lhe dava imenso prazer. 
Lembro-me de uma das suas primeiras viagens, de carro, com amigos, desde Portugal até Itália (Veneza), passando pelo sul de Espanha, França e Mónaco. Chegou maravilhado!
As viagens à neve, também com amigos, eram sempre fantásticas!
Há já alguns anos que se dedicava ao setor imobiliário.
Foi à Quinta da Venga, em Arruda dos Vinhos, o projeto dos seus sonhos, que dedicou os últimos anos da sua vida, procurando construir habitações de qualidade, numa vila com qualidade de vida, às portas de Lisboa.
Paralelamente à sua vida profissional, teve, como é evidente, a sua vida pessoal. O expoente máximo dessa vida foram as suas filhas, a Carolina e a Rita. Amava-as incondicionalmente, tinha nelas um enorme orgulho, desejava que fossem sempre muito felizes e queria estar presente no seu futuro.
Mas, a vida também lhe proporcionou e continuava a proporcionar muitas desilusões e preocupações. A pandemia veio agravar essas situações, privou-o ainda de pequenos prazeres que tinha na vida e o seu bem-estar emocional foi-se degradando. E, infelizmente, ainda existem pessoas que nas fragilidades dos outros só veem  oportunidades de sucesso. O Fernando andava muito triste! O facto de eu não ter tido uma atitude mais proativa continua a pairar na minha cabeça.   
Os dias vão passando e a saudade é cada vez maior...