Pedro Motta nos deixou em 20 de abril de 2023. Esperava que sua memória existisse por muito tempo, como um humanista, pensador, político que lutou por muitas causas - desde as ligas camponesas, na décade de 1960, até os catadores de recicláveis e os sem teto nos últimos anos.
Sempre acreditou na ciência, tendo defendido uma tese de doutorado sobre a história da ciência, e viveu cercado de livros - sua biblioteca pessoal contém mais de 5000 volumes.
Coerente com a epistemologia, também quis que seu corpo físico viesse a servir aos "justos e devidos objetivos de estudos da ciência". Assim, ele se encontra agora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Convido amigos a celebrarem sua vida como ele gostava de vivê-la: em uma livraria, em meio à literatura, à ciência e ao conhecimento.
Livraria Patuscada
R. Luís Murat, 40 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05436-050
Sábado, 22 de abril de 2023
Estaremos lá entre às 18h e às 20h.
Caso deseje celebrar a memória de Pedro com um donativo, ao invés de flores, considere fazer uma doação em seu nome para uma ação de justiça social de sua preferência. Sugiro duas que se alinham com suas prioridades nos últimos anos:
Frente Alimenta: iniciativa cidadã que conecta a produção agroecológica a cozinhas comunitárias nas periferias de São Paulo.
Pimp My Carroça: movimento que atua para tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade – e aumentar sua renda – por meio da arte, sensibilização, tecnologia e participação coletiva.
Obrigada!
Joana
Sempre acreditou na ciência, tendo defendido uma tese de doutorado sobre a história da ciência, e viveu cercado de livros - sua biblioteca pessoal contém mais de 5000 volumes.
Coerente com a epistemologia, também quis que seu corpo físico viesse a servir aos "justos e devidos objetivos de estudos da ciência". Assim, ele se encontra agora na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Convido amigos a celebrarem sua vida como ele gostava de vivê-la: em uma livraria, em meio à literatura, à ciência e ao conhecimento.
Livraria Patuscada
R. Luís Murat, 40 - Pinheiros, São Paulo - SP, 05436-050
Sábado, 22 de abril de 2023
Estaremos lá entre às 18h e às 20h.
Caso deseje celebrar a memória de Pedro com um donativo, ao invés de flores, considere fazer uma doação em seu nome para uma ação de justiça social de sua preferência. Sugiro duas que se alinham com suas prioridades nos últimos anos:
Frente Alimenta: iniciativa cidadã que conecta a produção agroecológica a cozinhas comunitárias nas periferias de São Paulo.
Pimp My Carroça: movimento que atua para tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade – e aumentar sua renda – por meio da arte, sensibilização, tecnologia e participação coletiva.
Obrigada!
Joana
Meu tio Pedro sempre foi atencioso comigo. Uma pessoa de admirável inteligência e fortes convicções, muitas das quais justas e humanas.Tivemos pouco contato nos últimos anos, principalmente porque morávamos em cidades diferentes. Minha querida mãe, irmã dele, gostava de recebê-lo em nossa casa. Guardo boas lembranças. Obrigado tio Pedro pelo seu exemplo. Ass.: Roberto de Barros Emery Trindade
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Meu tio Pedro sempre foi atencioso comigo. Uma pessoa de admirável inteligência e fortes convicções, muitas das quais justas e humanas.Tivemos pouco contato nos últimos anos, principalmente porque morávamos em cidades diferentes. Minha querida mãe, irmã dele, gostava de recebê-lo em nossa casa. Guardo boas lembranças. Obrigado tio Pedro pelo seu exemplo. Ass.: Roberto de Barros Emery Trindade
Galeria
Com Jo, Thomas e Eliza, em 2022
Biblioteca
Circa 1965
Histórias recentes
Primo Pedro, lembro com carinho dos momentos que passamos juntos lá em casa em Palmeia dos Índios com mamãe, sua tia Lygia. Enquanto estávamos juntos, mamãe estava providenciando se comunicar com Padre Ludgero para levar você Pedro na saída de Palmeira para pegar um ônibus que o levaria para São Paulo. Daí só fomos nos ver tempos depois no Rio de Janeiro.
Texto enviado por Zara, prima de Pedro.
Texto enviado por Zara, prima de Pedro.
Lembranças de um tempo esquecido
Morávamos na Gabino Besouro, no mesmo correr de casas, meu pai, Sinval, meu avô Pedro e o padrinho do meu pai, José Pinto de Barros. Casas grandes com amplos quintais, cheios de fruteiras, que no verão faziam a delícia das crianças. Quando retornava da escola almoçava correndo para ir brincar com Ângela, a caçula das irmãs, que se foi muito cedo, não me lembro mais do quê. Tempos depois nos reencontramos e passamos a nos corresponder. Cartas lindas, me mandava, contando dos seus projetos, do exílio no Chile, do seu cotidiano. Ainda nos encontramos em São Paulo, almoçamos juntos. Depois, nunca mais soube, só agora, desta notícia do fim. Que descanse em paz.
Tio Pedro foi uma figura marcante na minha infância. Frequentava nossa casa em Recife nos anos 1960, e posteriormente no Rio de Janeiro.
Era o único dos 12 irmãos e irmãs da minha mãe, Adelaide (Dedé), que sempre nos presenteava com livros. Me ensinou a jogar xadrez. Devo a ele esse legado, essas duas paixões, a leitura e o fascinante muito-mais-que-jogo, que constituem minha formação até hoje.
Certamente o estímulo intelectual que ele proporcionou também influenciou meus irmãos, Cyro e Marcelo, leitores vorazes.
Na minha mente infantil, admirava sua coragem em manifestar veemente revolta contra toda injustiça e desigualdade.
Esse foi o exemplo essencial que deixou.
Obrigado, Tio Pedro!
Fernando Antonio de Barros Madeu
Era o único dos 12 irmãos e irmãs da minha mãe, Adelaide (Dedé), que sempre nos presenteava com livros. Me ensinou a jogar xadrez. Devo a ele esse legado, essas duas paixões, a leitura e o fascinante muito-mais-que-jogo, que constituem minha formação até hoje.
Certamente o estímulo intelectual que ele proporcionou também influenciou meus irmãos, Cyro e Marcelo, leitores vorazes.
Na minha mente infantil, admirava sua coragem em manifestar veemente revolta contra toda injustiça e desigualdade.
Esse foi o exemplo essencial que deixou.
Obrigado, Tio Pedro!
Fernando Antonio de Barros Madeu